A Excelência do Perdão

PERDÃO é uma palavra que carrega um peso imenso. Todos, em algum momento da vida, nos encontramos diante da necessidade de perdoar ou de sermos perdoados.

Mas como devemos enxergar o perdão? Jesus nos apresenta essa realidade de forma inconfundível na parábola do credor incompassivo de Mateus 18.21-35.

A pergunta de Pedro é bem intrigante: "Até quantas vezes devo perdoar?” Jesus responde com algo revolucionário: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete". Ou seja:

A parábola do credor incompassivo envolve cinco personagens. Três deles são apresentados em destaque. Os outros dois contribuem para o desfecho e aprofundamento da mensagem.

1. O Rei - descrito como o que resolveu acertar as contas, representa Deus.

2. O Servo - descrito como aquele que devia valores altíssimos ao rei, representa todos nós, com nossas dívidas incalculáveis para com Deus no que se refere ao perdão.

3. O Conservo - descrito como o companheiro de trabalho do servo, estão hierarquicamente no mesmo nível, com exceção apenas da dívida.

4. Os Companheiros - são as pessoas ignoradas, mas que exercem um papel vital como testemunhas, que fazem o relato ao rei.

5. Os Verdugos - que são os responsáveis pela aplicação do castigo.

Quais as lições para a vida, podemos aprender aqui?

Perdoar é uma expressão da graça de Deus

O rei da parábola perdoa a dívida impagável de seu servo, demonstrando um amor imerecido. Essa atitude reflete o próprio Deus, que nos perdoou completamente em Jesus Cristo.

Somente ao compreendermos plenamente a dimensão do perdão que recebemos, nos sentiremos desafiados a agir da mesma maneira.

• Se Deus nos perdoou de uma dívida eterna, não devemos reter perdão aos outros.

• O perdão liberta tanto quem perdoa quanto quem é perdoado.

• O exercício do perdão demonstra maturidade espiritual e reflete o caráter de Cristo em nós.

O perdão traz restauração e cura

O servo perdoado se recusa a perdoar outro que lhe devia muito menos. Isso demonstra a incapacidade humana de entender as consequências do ressentimento.

Quando perdoamos, nosso inimigo vai embora. Nos deixa em paz. Não é por causa dele, é por nossa causa.

A falta de perdão gera prisões emocionais e espirituais, trava o progresso, enquanto o ato de perdoar abre caminho para a cura interior.

• Segurar ressentimentos corrói a alma e prejudica nossos relacionamentos.

• Perdoar não significa concordar com o erro do outro, mas escolher não viver aprisionado por ele.

• Relacionamentos saudáveis são construídos sobre o princípio do perdão e da graça e não do ressentimento.

Há um julgamento para quem não perdoa

A parábola termina com um aviso solene: o servo incompassivo é entregue aos verdugos por sua dureza de coração. Jesus conclui dizendo que "assim também meu Pai celestial vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão" (v. 35).

Isso nos mostra que perdoar não é opcional, mas um mandamento divino.

• O perdão não necessariamente tem base no que sentimos, mas no que sabemos ser correto diante de Deus.

• A falta de perdão resulta em distância espiritual e emocional.

• Orar pelos que nos feriram, clamando de Deus misericórdia para eles, é um passo prático para desenvolver um coração perdoador.

O PERDÃO é uma das marcas mais evidentes do verdadeiro cristianismo. Jesus nos chama a viver de forma excelente, refletindo Sua graça por meio do perdão irrestrito.

Sei que sua leitura pode pode gerar questionamentos dos mais diversos como por exemplo: “você diz isso porque não está na minha pele. Não sabe o que passei.”

E estou plenamente de acordo com você. No entanto, quando não perdoamos é como se ingeríssemos um veneno mortífero, e ficássemos aguardando a morte de quem nos machucou.

Mas quando perdoamos, experimentamos liberdade, cura e restauração e, seguimos com a nossa vida. Não permita que a falta de perdão bloqueie sua caminhada.

Decida perdoar e viva a plenitude da graça de Cristo, em todos os seus dias.

Deus te abençoe.

Poder Cotidiano

Até segunda.

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