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Ele não se Esquece
Poder Cotidiano - #052

“Será que uma mãe pode esquecer o bebê que ainda mama e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não me esquecerei de você! Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos; seus muros estão sempre diante de mim.”
1. Uma pergunta que desarma o coração
O profeta Isaías faz uma pergunta profunda, quase provocante. Ele nos convida a refletir sobre o amor humano mais intenso que conhecemos: o amor de uma mãe.
No entanto, o profeta mostra que até esse amor pode falhar. Mesmo os laços mais fortes podem se romper, mas o amor de Deus não. Essa é uma comparação que quebra nossas resistências emocionais, pois revela que o cuidado divino não depende de sentimentos momentâneos.
Deus é fiel quando tudo em nós é instável
A palavra “esquecer”, expressa abandono total, como quem apaga alguém da memória. Mas Isaías afirma que Deus não faz isso. Pelo contrário, Ele grava o nome do seu povo nas palmas das mãos. É uma forma poética para dizer que estamos permanentemente diante de Sua atenção e lembrança.
2. O Deus que se compromete com nossa história
Este texto revela um Deus profundamente comprometido com a redenção e a restauração do Seu povo. A metáfora das “mãos gravadas” remete à ideia de uma aliança que não se apaga. Deus não escreve o nosso nome em um livro que pode ser fechado, mas em Suas próprias mãos, o que significa intimidade e presença constante.
Em termos de fé e esperança, isso nos dá uma base sólida. A fé não é um salto no escuro, mas um descanso confiante na fidelidade de Deus.
A esperança cristã não nasce da ausência de dor, mas da certeza de que, mesmo em meio às ruínas, Deus continua lembrando de nós.
Quando Isaías fala de “muros sempre diante de mim”, está evocando a imagem de Jerusalém destruída, mas ainda presente no coração de Deus. Mesmo quando tudo parece desabar, Ele já vê os contornos daquilo que ainda vai restaurar.
3. O impacto dessa verdade em nossa vida diária
Compreender que Deus não se esquece de nós é libertador. Isso muda nossa forma de reagir diante das frustrações e dos desafios. Muitas vezes interpretamos o silêncio de Deus como esquecimento, quando na verdade Ele está construindo algo que ainda não conseguimos ver.
Quando a fé enfraquece, essa promessa nos lembra que a história ainda está em andamento.
Quando a esperança vacila, ela nos devolve o senso de direção e propósito.
Quando a motivação parece faltar, somos impulsionados a prosseguir, não porque tudo está bem, mas porque Ele está conosco.
Essa consciência também nos chama à responsabilidade. Se Deus não esquece de nós, não devemos viver como se Ele não existisse, de forma distraída em relação àquilo que Ele nos confiou.
A lembrança divina é convite à transformação pessoal. Ela nos motiva a lembrar de quem somos nele, a não abandonar o que fomos chamados a desenvolver.
Para nós, que vivemos após a Revelação plena em Cristo, essas palavras ganham uma dimensão ainda mais profunda. Quando Isaías fala de mãos gravadas, encontramos eco na cruz. Ali, o amor de Deus foi literalmente marcado nas mãos do Seu Filho. Logo, o Cristo crucificado é a maior prova de que Deus não nos esqueceu.
Na cruz, Deus não apenas se lembrou de nós, Ele se comprometeu conosco até o fim. Essa lembrança divina é o alicerce da fé que nos sustenta, da esperança que nos move, da transformação que nos molda. Nosso coração nunca deve se esquecer que Deus, que nos criou e nos recriou em Cristo, gravou nosso nome em Suas mãos.
Quando você sentir que Deus está distante, lembre-se deste texto. Ele não esquece, não abandona e, não apaga. É você quem faz isso.
Sua vida está nas mãos daquele que escreve histórias de redenção com cicatrizes de amor.
📩 Até Segunda!
Com a certeza de que Ele está presente,
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