Paz para o Medo

Poder Cotidiano - #030

Ao cair da tarde daquele dia, o primeiro da semana, trancadas as portas da casa onde estavam os discípulos com medo dos judeus, veio Jesus, pôs-se no meio e disse-lhes: Paz seja convosco! E, dizendo isto, lhes mostrou as mãos e o lado. Alegraram-se, portanto, os discípulos ao verem o Senhor.”

Jesus (João 20.19-20)

O medo é uma das emoções mais primitivas e dominantes da experiência humana.

É um sentimento universal. Seja o medo do futuro, da perda, da rejeição, de uma situação nova, da morte…, todos sabemos o que é sentir o coração apertado e a alma inquieta, em um momento de apreensão.

Quando o medo se instala, ele paralisa, obscurece a fé e rouba a esperança.

Foi exatamente nesse estado que Jesus encontrou seus discípulos: portas trancadas, corações cerrados, sonhos desfeitos.

No entanto, o Cristo ressuscitado não ficou do lado de fora. Ele entrou, atravessou o medo, e trouxe a realidade que redefine tudo: PAZ.

Nosso texto de hoje diz que naquele primeiro domingo após a ressurreição, os discípulos estavam escondidos, trancados em uma casa, paralisados pelo medo. Era o fim dos seus sonhos?

De repente, Jesus aparece no meio deles. Não com uma crítica ou condenação, mas com uma oferta de paz. E este encontro muda tudo.

Mesmo já sabendo da ressurreição, o medo impede o anúncio e o testemunho. Jesus liberta do medo mostrando que o amor doado até à morte é sinal de vitória e alegria.

Nesta reflexão, veremos como a paz de Cristo nos alcança, transforma e envia:

Jesus atravessa nossas barreiras

As portas trancadas representam mais que segurança física; simbolizam nossa tentativa de nos proteger do sofrimento. Mas Jesus, em Seu corpo glorificado, supera as defesas humanas.

Nenhuma muralha que levantamos é intransponível para Cristo. Ele aparece bem no meio do nosso medo para restaurar nossa fé e dar um novo sentido à nossa história.

Situação alguma de medo, vergonha ou dor impede Cristo de agir. Nosso maior fechamento emocional ou espiritual é atravessado pela Sua graça soberana.

A paz é presente antes de ser missão

Antes de comissionar, Jesus consola. A palavra "Paz" aqui, significa: plenitude, harmonia restaurada entre Deus e as pessoas.

Para vencer os desafios da vida e desenvolver-nos de forma plena, precisamos primeiro receber a paz que Cristo nos oferece. Pois a transformação pessoal começa na reconciliação com Deus.

Quando buscamos paz apenas em soluções humanas, fracassamos. Paz verdadeira é fruto da justificação pela fé em Cristo.

As marcas da cruz sustentam nossa paz

Jesus não esconde suas feridas; Ele as mostra como prova de Sua obra consumada. A paz não é fruto da negação da dor, mas da redenção da dor.

Desenvolver-se humanamente é integrar as cicatrizes da vida à nossa história de crescimento. Pois a verdadeira motivação brota de uma compreensão madura da graça de Deus em nossas fraquezas.

Ao mostrar suas mãos e o lado, Jesus confirma sua identidade e a realidade da ressurreição. Ele é de fato, o mesmo que foi crucificado.

A presença do Cristo vivo gera verdadeira alegria

A alegria dos discípulos é resposta à presença real do Senhor. Não é uma emoção superficial, mas um fruto da certeza da vitória de Cristo, indicando a transformação do medo em júbilo pela presença do Senhor ressuscitado.​

Transformar a vida é reencontrar a fonte da alegria não em bens, status ou realizações, mas na permanência da presença de Cristo no cotidiano.

Quando buscamos paz apenas em soluções humanas, fracassamos. Paz verdadeira é fruto da justificação pela fé em Cristo.

Da paz recebida nasce a missão de viver para Deus

Receber a paz de Cristo prepara os discípulos para serem enviados ao mundo, como embaixadores da reconciliação.

Uma vida transformada pela fé não é uma vida estática. É uma vida que se move para fora de si mesma, servindo, amando e proclamando a verdade de Deus em todas as esferas.

Esse envio estabelece a continuidade da missão de Jesus através dos seus seguidores. Eles são chamados a proclamar o evangelho e a representar Cristo no mundo, refletindo a autoridade e o propósito do envio original de Jesus pelo Pai.

O envio é missional e encarnacional. Assim como Cristo se fez carne e habitou entre nós, somos enviados em carne, a estar entre os perdidos, vivendo e proclamando a verdade de Jesus Cristo, influenciando as pessoas com os valores do Reino.

A missão é mais que programas, projetos ou eventos. É estilo de vida. No trabalho, nos estudos, em casa: somos “emissários” da paz do nosso Senhor.

A narrativa dos seguidores em João 20 nos ensina que o medo não é o último capítulo para aqueles que confiam em Cristo. A paz do Ressurreto redefine nossa identidade, nos capacita para a vida e nos envia com propósito. A verdadeira transformação pessoal não é apenas superação de limites humanos, é rendição a aquele que venceu a morte.

Que hoje você abra as portas do seu coração para a paz que Cristo oferece. Não permita que o medo seja o seu conselheiro. Deixe que a voz do Ressurreto seja a guia da sua vida. Paz para o medo. Vida para a missão.

Eu lhes deixo um presente, a minha plena paz. E essa paz que eu lhes dou é um presente que o mundo não pode dar. Portanto, não se aflijam nem tenham medo.”

(JESUS - João 14.27)

📩 Até Segunda!
Com carinho, Poder Cotidiano | fé viva pra todos os dias.

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